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Campina Grande, Paraíba,10/10/2024

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Como o clima seco acende o sinal de alerta na Paraíba

Segundo dados do MapBiomas, nos últimos 10 anos, houve um aumento de 26% na área queimada acumulada na Paraíba

Com A União
Como o clima seco acende o sinal de alerta na Paraíba @Escola Educação

Com a chegada da primavera, a Paraíba acende um sinal de alerta para o risco elevado de queimadas. Ao mesmo tempo, especialmente nas regiões do Sertão, Cariri e Alto Sertão. O cenário de temperaturas podem ultrapassar os 36°C e a umidade do ar abaixo de 15%. Dessa forma, se torna ainda mais crítico com o período de estiagem, que é característico dessa época do ano. De acordo com a meteorologista Marle Bandeira, da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), o estado vive apenas o início do período mais seco. A princípio, as condições climáticas tendem a piorar nos próximos meses, com pouca ocorrência de chuvas e temperaturas elevadas, principalmente nas áreas mais distantes do litoral.

A situação fica mais grave com o histórico recente. Segundo dados do MapBiomas, nos últimos 10 anos, houve um aumento de 26% na área queimada acumulada na Paraíba. Somente em 2023, mais de 15 mil hectares foram devastados por incêndios florestais, sendo a maior parte no Sertão. A Paraíba não tem enfrentado o mesmo nível de queimadas que biomas. Contudo, a ameaça continua presente, com a vegetação local vulnerável às altas temperaturas e à seca prolongada.

Marcelo Cavalcanti, diretor-superintendente da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), ressalta que, para combater essa ameaça, a Paraíba está prestes a firmar um convênio com o Ministério da Justiça, por meio do Programa Brasil M.A.I.S.. Isso permitirá o monitoramento em tempo real das queimadas por meio de imagens de satélite. O convênio também prevê o fortalecimento da fiscalização, com a Sudema atuando em conjunto com o Batalhão de Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros para prevenir e controlar incêndios.

Operação Queimadas: Ações de Prevenção e Combate

A prevenção é fundamental para evitar que o número de incêndios atinja níveis críticos. Até setembro de 2023, o Corpo de Bombeiros já havia registrado 602 ocorrências de incêndios florestais no Sertão. Esse número se aproxima rapidamente dos 813 casos registrados em todo o ano de 2022. De acordo com o coronel Saulo Laurentino, comandante do 3º Comando Regional de Bombeiro Militar, a projeção é que este ano apresente o maior número de ocorrências de queimadas já registrado.

Boa parte dos incêndios ocorre por práticas de queima controlada. Um dessas práticas é o preparo do solo por produtores rurais. E isso muitas vezes foge do controle devido ao clima seco e aos ventos fortes da região. A Operação Queimadas, que já está em andamento, vem para reforçar a vigilância, com equipes equipadas com caminhões e quadriciclos preparados para combater focos de incêndio de grandes proporções. O foco da operação também está na prevenção. Ações de conscientização nas comunidades rurais estão ocorrendo. Sempre chamando atenção que o uso indiscriminado do fogo representa um grande risco para a vegetação e para a própria população.

Por isso, é essencial que as autoridades e a população permaneçam em alerta para evitar que as queimadas se tornem um problema ainda maior. O reforço na fiscalização, monitoramento e conscientização são estratégias cruciais para proteger o meio ambiente e as comunidades da Paraíba.




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