Pobreza atinge mais da metade da população da Argentina de Milei
Dados oficiais se referem ao primeiro semestre de 2024. Houve um salto em relação ao mesmo período do ano anterior. Política econômica do governo agrava situação
Dados do Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos) divulgados nesta quinta-feira (26) mostram que a pobreza disparou na Argentina nos primeiros meses do governo Javier Milei.
Após tomar posse em dezembro de 2023 e adotar uma política econômica de cortes profundos nos gastos públicos, mais da metade da população do país passou a viver nessas condições.
No primeiro semestre de 2023, ou seja, antes do governo do autointitulado anarcocapitalista Milei, a porcentagem da população argentina em situação de pobreza era de 40,1%.
A política de austeridade radical ajudou a empurrar parte da população para uma situação precária, segundo um texto da agência Reuters reproduzido pelo portal UOL. A linha de pobreza usada pelo Indec para calcular o índice do primeiro semestre de 2024 foi de US$ 240 por família.
A Argentina tem dívidas elevadas, poucas reservas internacionais e inflação anual por volta de 236%, segundo registrou a revista Exame. O PIB do país vem registrando resultado negativo. Porta-voz da presidência, Manuel Adorni culpou governos passados pelo aumento da pobreza. Segundo ele, os dados são resultado de um “populismo que submeteu a Argentina a tantos anos de infortúnio e devastação”.
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