Polícia Federal prende Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa
A operação resultou também na prisão da secretária da primeira-dama e incluiu o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão
A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi presa na manhã deste sábado (28). A ação foi realizada pela Polícia Federal, com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), na capital paraibana.
As diligências de hoje são fruto da análise do material arrecadado nas duas fases anteriores da Operação Policial "Território Livre", que complementam as provas de materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes investigados.
Esta é terceira fase da operação denominada "Sementem" visa investigar crimes de aliciamento violento de eleitores e a formação de organizações criminosas em relação ao pleito municipal de 6 de outubro.
De acordo com a PF, ao todo, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. Além de Lauremília Lucena, foi presa Tereza Cristina Barbosa Albuquerque – que atuaria como secretária particular da primeira-dama.
Investigações anteriores
O nome de Lauremília já tinha sido citado em documentos da Polícia Federal. Em transcrições da PF, atribuídas a outras pessoas investigadas, ela era apontada como alguém que decidiria sobre a indicação de cargos na prefeitura de João Pessoa.
Os cargos, conforme as investigações, eram solicitados por pessoas ligadas a grupos que mantêm o controle sobre comunidades da cidade. Em troca essas pessoas ofereceriam facilidades de acesso às comunidades.
A filha de Lauremília, Janine Lucena, também já tinha sido alvo de busca na Operação Mandare.
Em nota, o prefeito Cícero Lucena, candidato à reeleição pelo PP, se manifestou sobre o ocorrido. O gestor apontou como "vítima de grave perseguição política" a prisão da primeira-dama.
Confira a nota na íntegra:
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, foi alvo de mais um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição, envolvendo sua família.
Com sua liderança consolidada em todas as pesquisas, que indicam vitória já no primeiro turno, seus opositores, nos últimos dias, disseminaram boatos pela cidade sobre uma nova operação. A operação realizada hoje, portanto, já era prevista e foi recentemente denunciada no plenário da Câmara dos Deputados pela deputada federal Eliza Virgínia, que alertou publicamente sobre o uso político de instituições com o objetivo de influenciar a campanha eleitoral em João Pessoa.
Na imprensa, nossos adversários divulgaram versões fantasiosas e inverdades com o intuito de manchar a honra de uma mulher íntegra, respeitada e querida pelo povo paraibano. Lauremília não teme as investigações e, na justiça, demonstrará que é vítima de uma grave perseguição política, orquestrada pelos adversários de Cícero, que claramente utilizam sua influência para esse fim.
Trata-se de uma prisão política. Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito à sua família ou à cidade de João Pessoa.
Lauremília tem uma vida limpa, é uma benfeitora na cidade e do Estado. Ela provará sua inocência, sendo mais uma vítima de injustiça, assim como Cícero também foi.
João Pessoa não pode e não vai retroceder. As injustiças que, mais uma vez, atingem Cícero e sua família não ficarão impunes. A campanha continuará nas ruas para mostrar que nenhuma força política está acima de Deus e da vontade soberana do povo.
COMENTÁRIOS