Juvenal e o Dragão: Animação paraibana nos cinemas do Brasil é um grande sucesso
O roteiro foi escrito pelo casal Natali e Sílvio em parceria com Janice Ghisleri, falecida no ano passado
A animação paraibana Juvenal e o Dragão, dirigida por Natali Toledo, que estreou na última quinta-feira (19), em mais de 130 salas de cinema brasileiras, naquele que, segundo os seus realizadores, a Stairs Filmes, é o maior lançamento de uma produção audiovisual do nosso estado. O filme é baseado em uma famosa história homônima do cordelista Leandro Gomes de Barros e levou mais de sete anos para ser concluído; conta, ainda, com uma equipe majoritariamente paraibana. Todavia, a exibição por aqui será limitada: o longa--metragem conta apenas com uma sala exibidora em João Pessoa, no Cinépolis do Manaíra Shopping, exclusivamente em um horário, sempre às 14h10.
Essa é a segunda empreitada da Stairs Filmes na animação: a primeira, A Princesa de Elymia, foi lançada em 2019, e ganhou indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2020. A ideia para uma nova produção desse gênero partiu do interesse do produtor, Sílvio Toledo, em trabalhar com literatura de cordel; em 2014, outro longa-metragem da produtora, O Resgate do Pavão Misterioso (esse em live-action, não em animação), já bebia da fonte de outro folheto conhecido, de autoria de José Camelo de Melo Rezende.
O roteiro foi escrito pelo casal Natali e Sílvio em parceria com Janice Ghisleri, falecida no ano passado. Na história, o herói Juvenal decide salvar sua cidade sertaneja da ameaça de um dragão, na tentativa de chamar a atenção de sua amada. A transposição do texto para os traços dos desenhos foi coordenada em conjunto pelos Toledo: da equipe de 60 pessoas, 12 estiveram dedicadas exclusivamente à etapa de animação.
Atores reais tiveram seus movimentos captados por câmeras, de modo a dar vida e organicidade aos personagens, em um processo contínuo. As vozes também ficaram a cargo de atores paraibanos: Lucas Veloso (Juvenal), Fernando Teixeira (Zé Lourenço), Alice Gadelha (Princesa Rosinha), Beto Quirino (Rei Lourival), Erica Maria (Ana Sofia) e Naldo Fernandes (Andarilho).
Lamentando o fato de ter apenas uma sessão na Paraíba, Sílvio celebra o alcance que o longa terá fora do nosso território. “A partir deste lançamento, passamos a ganhar um respeito nacional. Esperamos que as pessoas possam ter a visão do nosso trabalho”, asseverou o produtor. Já Natali revela que, além dos recursos públicos recebidos para a produção, ela e seu esposo colocaram dinheiro dos próprios bolsos neste projeto. ”É um esforço sobrenatural trabalhar com audiovisual no Brasil. Vamos mostrar a força do nosso cinema lá fora”, finalizou a diretora.
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