Haddad entrega plano contra tarifaço dos EUA a Lula
Documento prevê medidas para setores afetados pelas tarifas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou ao presidente Lula o plano de contingência contra o tarifaço dos Estados Unidos.
A medida com cenários e possibilidades à disposição do Brasil foi apresentada ao presidente durante reunião, nessa segunda-feira (28), em Brasília.
A imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros começa a valer na próxima sexta-feira, primeiro de agosto.
Fernando Haddad adiantou que não sabe quando o plano será acionado: tudo depende da entrada em vigor ou não do tarifaço.
Mas a decisão final cabe ao presidente Lula.
O Plano de contingência detalha medidas para minimizar o impacto das tarifas sobre os produtos brasileiros, além de medidas aos setores atingidos.
O ministro Fernando Haddad reforçou que o foco continua sendo as negociações.
O plano é formulado pelos Ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; das Relações Exteriores; e pela Casa Civil.
Em maio, o Brasil fez uma proposta de negociação aos Estados Unidos, mas não teve retorno do país.
Alckmin diz que Brasil está empenhado em realizar acordo com EUA
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços destacou, nesta segunda-feira (28), que o Brasil continua empenhado em realizar um acordo com os Estados Unidos, ainda esta semana.
Alckmin disse que um plano de contingência está em elaboração e será utilizado caso a tarifa de 50% às exportações brasileiras seja mantida.
O plano de contingência é um plano que está sendo elaborado, bastante completo, bem feito, mas todo o empenho agora nessa semana é para a gente buscar resolver o problema. Nós não estamos permanentemente no diálogo e quero dizer a vocês que nós estamos dialogando neste momento pelos canais institucionais e com a reserva. A hora que tiver alguma coisa a ser anunciada, vocês vão ser os primeiros a serem chamados.
Geraldo Alckmin destacou que o presidente Lula sempre defendeu o diálogo como forma de superar a situação criada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O vice-presidente reforçou que o país vinha negociando pelas vias institucionais com o governo americano até 4 de julho, quando Trump anunciou as medidas exigindo que o ex-presidente Jair Bolsonaro não fosse julgado pelo crime de golpe de Estado.
Alckmin reforçou que o Brasil fez uma proposta para os Estados Unidos em maio, mas não teve retorno do país.
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