O Ministério das Relações Exteriores do Brasil convocará o chefe da embaixada americana, Gabriel Escobar, em resposta a novas críticas direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Nesta quinta-feira, (07), a embaixada dos EUA denunciou censura, perseguição política e violações de direitos humanos no Brasil, atribuindo essas condutas principalmente a Moraes.

A embaixada afirmou que Moraes é o "principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores". O ministro já havia sido sancionado pela Lei Magnitsky, que impede seu acesso aos Estados Unidos e a serviços de empresas americanas, uma medida que visa punir violadores de direitos humanos. As sanções foram uma resposta à ação penal contra Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Críticas e Reações

A embaixada americana também alertou que está monitorando de perto a situação e que os aliados de Moraes no Judiciário devem evitar apoiar suas ações. Além de Moraes, outras sanções foram aplicadas a sete ministros do STF, com restrições de vistos. O governo dos EUA também impôs um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros como forma de pressão econômica.

O Itamaraty considera as manifestações da embaixada como intromissões em assuntos internos e planeja rebater essas críticas através de canais diplomáticos. A nova convocação de Escobar será a quarta desde o início do governo Trump, que já tratou de temas como deportação de imigrantes e manifestações políticas.

Interferência Diplomática

A recente conversa de Escobar com o vice-presidente Geraldo Alckmin destaca a tensão nas relações diplomáticas. O governo brasileiro vê as declarações da embaixada como uma interferência que contraria convenções diplomáticas. A data e o formato da nova queixa ainda não foram definidos, mas a expectativa é que a situação continue a gerar desdobramentos nas relações entre Brasil e Estados Unidos.

Crítica americana

As críticas recentes da embaixada americana ao ministro Alexandre de Moraes incluem acusações de censura, perseguição política e violações de direitos humanos. A embaixada o descreveu como o "principal arquiteto da censura e perseguição" contra Bolsonaro e seus apoiadores, reivindicando que suas ações contrariam os direitos democráticos.

Essas declarações geraram tensões nas relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA, levando o Itamaraty a convocar o embaixador americano, Gabriel Escobar, em resposta a essas intromissões em assuntos internos do Brasil.