A tomada planejada da Cidade de Gaza por Israel deve ser imediatamente interrompida, afirmou Volker Türk, chefe de direitos humanos da ONU, nesta sexta-feira, (08). Türk destacou que essa escalada pode resultar em deslocamentos forçados massivos, assassinatos e crimes atrozes.

A declaração ocorre em meio à decisão de Israel de expandir suas operações militares na região, desafiando uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça de 2024. Essa ordem exige que Israel tome medidas para impedir o genocídio em Gaza. Segundo Türk, o plano do governo israelense contraria a decisão da Corte, que pede o fim da ocupação e a concretização da solução de dois Estados.

Türk também pediu que a guerra em Gaza termine imediatamente, permitindo que israelenses e palestinos vivam em paz. Ele enfatizou a necessidade de salvar vidas civis, solicitando a liberação de reféns pelos grupos armados palestinos e a libertação de palestinos detidos arbitrariamente por Israel.

A ONU tem monitorado a situação em Gaza, onde a violência tem aumentado. O chefe de direitos humanos ressaltou que a intensificação do conflito só trará mais sofrimento à população civil. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, enquanto a situação humanitária na região se agrava.

O que diz o Tribunal Internacional de Justiça

A ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre a situação em Gaza, emitida em 2024, exige que Israel tome medidas para prevenir o genocídio na região. Essa ordem ressalta a necessidade de:

- Encerrar a ocupação da área, promovendo um ambiente mais seguro para a população civil.

- Concretizar a solução de dois Estados, visando a coexistência pacífica entre israelenses e palestinos.

Dessa forma, a continuidade da ofensiva israelense em Gaza, como mencionada na notícia, desafia essa ordem e acentua as preocupações sobre violações de direitos humanos e possíveis tragédias humanitárias.