A França está lidando com o maior incêndio florestal em 75 anos, que já consumiu 16.000 hectares na região de Aude, resultando em uma morte e 13 feridos, incluindo 11 bombeiros. O fogo, que começou na terça-feira, próximo ao vilarejo de Ribaute, ainda não está sob controle, embora tenha perdido intensidade devido a ventos e temperaturas mais amenas.

Mais de 2.000 bombeiros e 500 veículos de combate a incêndios estão mobilizados na luta contra as chamas. As operações contam também com a presença de gendarmes e militares. A situação é crítica, com três pessoas desaparecidas e várias casas destruídas. O prefeito de Jonquières, Jacques Piraud, relatou que cerca de 80% do vilarejo foi devastado, descrevendo a cena como "dramática".

O Sul da Europa tem enfrentado diversos grandes incêndios neste verão. Cientistas alertam que as mudanças climáticas estão agravando a frequência e a intensidade do calor e da seca, tornando a região mais vulnerável a incêndios florestais.

A Europa é o continente que mais aquece no mundo, com temperaturas aumentando duas vezes mais rápido que a média global desde os anos 1980, segundo o Serviço de Mudança Climática Copernicus da União Europeia.

Mobilização e Desafios

O governo francês, sob a liderança do Primeiro-Ministro François Bayrou, declarou que todos os recursos da nação estão sendo mobilizados. Durante uma visita à região, Bayrou classificou o incêndio como uma "catástrofe de escala sem precedentes", associando-o a fenômenos climáticos como aquecimento global e secas. A Ministra do Meio Ambiente, Agnès Pannier-Runacher, também enfatizou a relação entre o incêndio e as mudanças climáticas.

Os esforços de combate incluem o uso de aeronaves para lançamento de água, que têm sido essenciais para controlar as chamas. Imagens de satélite mostram a extensão da devastação, com grandes áreas queimadas visíveis. As autoridades pedem que os moradores não retornem às suas casas enquanto as operações continuam, e 17 abrigos temporários foram estabelecidos para os evacuados.

Situação Atual

Embora o incêndio tenha diminuído em intensidade, as comunidades na região de Corbières permanecem em alerta máximo. A situação continua a ser monitorada de perto, com as autoridades locais avaliando os danos e preparando-se para possíveis novas frentes de fogo. A tragédia ressalta a crescente preocupação com os incêndios florestais na França, exacerbados por condições climáticas extremas.