Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro
Ordem foi assinada após manifestação do ex-presidente no fim de semana, por meio do celular

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou, nesta segunda-feira, (4), a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na decisão, o ministro argumentou que o ex-presidente tem feito "reiterado descumprimento das medidas cautelares".
Segundo a decisão, Bolsonaro está proibido de receber visitar, com exceção de seus advogados, podendo apenas de receber contatos de pessoas autorizadas pelo Supremo.
O ex-presidente ainda está proibido de usar o celular, direta ou indiretamente por intermédio de terceiros. Ontem, o senador Flávio Bolsonaro fez uma chamada de vídeo de Bolsonaro na manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Moraes ainda reafirma a decisão que manteve as cautelares em proibir o ex-presidente de ter contato com embaixadores e se aproximar de embaixadas ou autoridades estrangeiras. Além manter a proibição do uso das redes sociais.
Moraes ainda reafirma a decisão que manteve as cautelares em proibir o ex-presidente de ter contato com embaixadores e se aproximar de embaixadas ou autoridades estrangeiras. Além manter a proibição do uso das redes sociais.
"O descumprimento das regras da prisão domiciliar ou qualquer uma das medidas cautelares implicará na sua revogação e na decretação imediata da prisão preventiva, nos termos do art. 312, 1º, do Código de Processo Penal", ressalta o ministro.
Prisão de Bolsonaro é criticada por aliados na Paraíba
Repercute entre aliados de Jair Bolsonaro, na Paraíba, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em determinar a prisão domiciliar do ex-presidente da República. A maioria se manifestou em publicações nas redes sociais.
O presidente estadual do PL, Marcelo Queiroga, estava em São Paulo quando tomou conhecimento da decisão do ministro. Em seu perfil oficial no X, o ex-ministro da saúde classificou a decisão como 'atrocidade jurídica'.
Segundo Moraes, a medida foi tomada após descumprimento de medidas cautelares, como a proibição de uso de redes sociais — inclusive por meio de terceiros. Agora, Bolsonaro está proibido de utilizar o celular e de receber visitas.
Líder do União Brasil, o senador Efraim Filho, que recentemente firmou uma aliança política com o PL visando as eleições de 2026, classificou a medida como "desproporcional", que "desrespeita direitos fundamentais e garantias de todo cidadão".
O deputado federal Cabo Gilberto (PL) participou de um ato em apoio a Bolsonaro, em frente ao condomínio onde ele mora, em Brasília, nesta terça-feira (04).
No último domingo (03), o deputado participou do protesto realizado no Busto de Tamandaré, em João Pessoa, e fez uma chamada de vídeo com o ex-presidente. Bolsonaro já cumpria medidas cautelares e estava impedido de publicar discursos nas redes sociais.
COMENTÁRIOS